O espírito de Natal para recomeçar na vida com Novo Olhar

 

Lições de que é possível encontrar reabilitação após anos de tratamento, cirurgias e a força do pensamento positivo para enfrentar obstáculos da deficiência física. Essa é a história que vamos conhecer de Maria Anita Batista da Silva, tetraplégica que nos faz refletir sobre o espírito de Natal e encarar a vida com “Com Novo Olhar”.

Maria Anita é filha de um vaqueiro e uma camponesa, foi criada na cidade sergipana de Gararu por fazendeiros que proporcionaram tratamento e cirurgias desde os seus dois anos de idade. Ela se tornou tetraplégica por conta da paralisia infantil. Os primeiros passos foram dados após uma cirurgia realizada quando tinha nove anos. De lá para cá estudou e aprendeu a lidar com as dificuldades impostas. Usar muletas e cadeira de roda sem perder a força para sair da condição de deficiente e demonstrar que pode levar uma vida com autonomia sempre foram seu objetivo.

“Consequência de uma vacina para poliomielite, aos dois anos eu só tinha movimento do pescoço pra cima. Os donos da fazenda onde meus pais trabalhavam me criaram e foi graças a eles que consegui tratamentos adequados. Minha mãe de criação me levava às consultas com ortopedistas e fisioterapeutas, minha vontade de evoluir vem desde criança. Tempos depois recuperei movimentos nas pernas, passei por cirurgias e me levantei”.

Hoje formada em Administração e Direito é concursada e trabalha como escrivã da Polícia Civil há 15 anos. Sorriso estampado no rosto enquanto dirige seu carro, um modelo adquirido com base na Lei de Isenção de Impostos, passa força em suas palavras para quem deseja viver a vida de forma solidária e partilhou experiência com emoção.

Sou formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), trabalhei na área administrativa por dois anos e me afastei para cuidar da minha mãe de criação, que passava por problemas de saúde. Passei no concurso, foi uma luta para eu e mais oito deficientes serem nomeados na Polícia Civil”, relembrou Anita para “Com Novo Olhar”.

Os desafios impostos pela vida ainda são muitos, mas não falta fé. “Quando iniciei os tratamentos pedi para minha mãe me levar à igreja e pedia a Deus que eu andasse. A fé me fortaleceu. É muito importante que as pessoas com deficiência busquem sair de casa, ocupar a vida e acreditar que podem seguir uma vida normal, nunca desistir. Foi graças a esta força que cheguei ao posto de chefe de cartório, função que fica abaixo apenas da de delegado e os ditos normais me respeitam pelo meu trabalho”

“Às vezes na vida é preciso se reinventar”, é a mensagem de Anita para este Natal. Uma lição de vida para refletir nestes tempos de dificuldade que vive o país.

 

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