Sentir na pele a real necessidade de fazer pagamentos e conferir trocos, sem o sentido da visão, apenas com “Com Novo Olhar”

 

Tarefa simples do cotidiano que qualquer cidadão precisa realizar: a de pagar as contas, ir ao banco, pagar o taxi, seja com dinheiro em espécie ou com cartão. Percebendo que esta necessidade é comum na rotina de deficientes visuais, assim como eu, vamos pegar na calculadora da cidadania, atalhos que levam a pessoa com deficiência visual recorrer à honestidade dos cidadãos na hora de efetuar pagamentos.

Pegar um transporte alternativo, frequentar ambientes públicos, de lazer e pagar contas, às vezes custa caro para a rotina de quem precisa reconhecer as cédulas do nosso real. É uma situação meio complicada, pois tanto as notas de papel, quanto as moedas, oferecem muitos complicadores na hora de reconhecer seus valores. No caso das notas de cinquenta, de cinco e dois reais, até consigo identificar, pois estas possuem tamanhos diferenciados, mas as notas de dez, vinte e cem reais, eu fico confuso já que os tamanhos se equivalem. A mesma coisa acontece com algumas moedas, a de um real é maior, mais pesada, embora nem sempre seja possível identificar o valor, as demais, tornam-se quase todas iguais.

Diante de tais dificuldades, a pessoa com deficiência visual precisa então lançar um Novo Olhar para as pessoas com as quais realiza essas atividades e confiar na honestidade de cada vendedor, prestador de serviço, pois é através destes cidadãos do bem, que depositamos nossa confiança e a certeza do pagamento certo e do troco confiável.

O cartão magnético é opção para efetuar pagamentos e conferir na fatura ou em aplicativos de celular, computador do banco contratado, mas as máquinas modernas de cartão com telas e recursos de toques, não dispõem de relevo, marcação nos números e novamente a pessoa com deficiência visual fica refém da boa vontade e do bom caráter de quem verifica valores e ajuda na digitação de senhas.

O recurso da máquina de cartão com voz já é realidade em alguns países a exemplo dos Estados Unidos (EUA). Em pleno século XXI, a era digital para consumidores brasileiros com deficiência visual precisa de atualização, uma vez que somos cidadãos cada vez mais numerosos, segundo os dados estatísticos populacionais das pessoas com deficiência visual no Brasil.

Ampliar o olhar para receber novos consumidores com necessidades especiais na sociedade, é tarefa para empresários, desenvolvedores de sistemas, pessoas da comunidade, contratantes, contratados, enfim, todos precisam se adequar à realidade deste publico cada vez mais autônomo que busca inclusão, acessibilidade e que clama pelos seus direitos.

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