Hoje convido você para conhecer o trabalho de socialização e busca da cidadania que é desenvolvido pela Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe – ADEVISE.

Fundada em 12 de junho de 1999 é uma entidade civil, beneficente, sem fins lucrativos, que desenvolve ações para deficientes visuais em diversas áreas, visando a melhoria de vida dessas pessoas, o ingresso no mercado de trabalho e a prática esportiva.

Seguindo com um “Com Novo Olhar” vamos destacar a importância da ADEVISE no sentido de dar orientações às famílias que possuem pessoas cegas ou com baixa visão, principalmente no início do desenvolvimento, quando criança, onde a falta de experiência dos pais em lidar com esse tipo de problema pode fazer com que a criança não se desenvolva adequadamente, caso não encontre um caminho que dê suporte a essas famílias.

Quando eu nasci, meus pais não sabiam da existência da Associação e isso dificultou a aprendizagem deles em lidar com minha baixa visão, mas aos poucos eles foram descobrindo as melhores formas de me inserir na escola. Hoje, a ADEVISE serve de orientação a esses pais, facilitando o processo de execução das atividades da rotina diária dos deficientes visuais, proporcionando a inclusão no mundo digital por meio das aulas de informática, socializando através dos esportes como goalball e da realização de eventos comemorativos. Ressaltando que ADESIVE atende diversos públicos, de diversas faixas etárias, inclusive pessoas que vêm a desenvolver a perda visual, seja na adolescência ou na fase adulta.

Através desta associação, muitos deficientes visuais se destacaram nos esportes, perderam o medo de enfrentar o dia-a-dia e foram em busca do melhor para seu próprio desenvolvimento. O voluntariado é uma das formas de atuação junto a esse público e aqui destacamos o professor Charlie Graziênio, 30 anos, que é voluntário da ADEVISE e ensina goalball, fazendo assim medalhistas nessa área. Em 2009, ele trouxe o conhecimento sobre o referido esporte da cidade de Natal/RN e passou a atuar na voluntariamente e permanece até hoje.

“Aprender com o diferente a lidar com as diferenças”, foi o que demonstrou o professor quando falou da grande inspiração para seguir nos trilhos da educação inclusiva. “Ainda em 2009 minha mãe, Joana, perdeu a visão de um olho e isso me deu mais motivação para seguir porque ela sempre foi a minha maior inspiração. Quando viajo, trago na bagagem novas ideias para implementar, como a da bicicleta adaptada, que proporciona ao deficiente visual pedalar e eu idealizei seu uso aqui. Todas as sextas, das 10 às 12 horas, e sábado, das 12 às 14 horas, treinamos no SESC, situado no centro de Aracaju.

ADEVISE: http://adevise.com.br/

GOALBALL: http://www.cbdv.org.br/