E agora! Como se comunicar com um deficiente auditivo? Mostramos os desafios enfrentados pelas pessoas com esta limitação que, por muitas vezes, encontram dificuldades para seguir nos diversos setores da sociedade e acabam se isolando dos ditos normais.
De acordo com o Censo de 2010, 23,9% dos brasileiros declaram ter alguma deficiência. Nesta estatística, 5,10% possui deficiência auditiva. Em Sergipe, o número de pessoas com deficiência auditiva corresponde 4% da população.
Sempre que encontro um deficiente auditivo me vem à mente: como me comunicar? Pois depende de gestos e expressões faciais que passam despercebido por mim, que tenho deficiência visual. A saia justa também é uma realidade constante para quem esbarra com estas pessoas no dia a dia. E compreender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) não é tarefa fácil. Mas a um aplicativo vem sendo usado para quebrar esta barreira.
A linguagem de sinais existe no mundo inteiro, mas não é universal, ou seja, cada país tem sua linguagem de sinais. Sua origem vem da Linguagem de Sinais Francesa. Quando se fala através de LIBRAS os verbos são no infinitivo e algumas palavras que não possuem gestos específicos são traduzidas através dos sinais que representam as letras do seu nome.
O aplicativo chamado Hand Talk (Mãos que Falam) desenvolvido em 2012 por três alagoanos: o publicitário Ronaldo Feirreira, o arquiteto Thadeu Luiz e o analista de sistemas Carlos Wanderlan, traduz conteúdos para a Libras e tem como interprete virtual um bonequinho batizado de Hugo.
Hugo, o bonequinho virtual, transforma perguntas e respostas em LIBRAS, podendo traduzir texto digital, fotografado ou através de voz. Reconhecido como um dos melhores aplicativos social pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), o app e está disponível gratuitamente para dispositivo móveis desde 2013.
Fato que as pessoas com deficiência têm dificuldades para escrever, às vezes, são rígidas na hora de se expressar, pois a angústia toma conta durante as diferentes abordagens. Gritar, excluir ou deixar de lado parece a primeira solução, mas quando nos aproximamos e tentamos lidar com as diferenças descobrimos que eles podem desenvolver habilidades e seguir nos trilhos da tal inclusão.
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